Pesquisar este blog
sábado, 31 de maio de 2014
sexta-feira, 30 de maio de 2014
Os Exterminadores
Os Anjos, os Exterminadores
Os Velhos jogando bilhar
O Vaticano, a CIA
O Boy que controla radar
Anarquista, Mercenários, quem é?
Quem é e quem fabrica notícia
Quem crê na reencarnação
Os Clandestinos, os Ilegais
Os Gays, os Chefes da Nação
Ninguém faz idéia
De quem vem lá...
Lenine
Os Velhos jogando bilhar
O Vaticano, a CIA
O Boy que controla radar
Anarquista, Mercenários, quem é?
Quem é e quem fabrica notícia
Quem crê na reencarnação
Os Clandestinos, os Ilegais
Os Gays, os Chefes da Nação
Ninguém faz idéia
De quem vem lá...
Lenine
Os Dorme Sujos
Os duros, os desclassificados
A vanguarda e quem fica prá traz
Os dorme sujos, os emergentes
Os espiões industriais...
Os que catam restos de feira
Milicos piratas da rede
Crianças excepcionais
Os exilados, os executivos
Os clones e os originais...
É a lei!
Ninguém faz idéia
De quem vem lá!
Lenine
A vanguarda e quem fica prá traz
Os dorme sujos, os emergentes
Os espiões industriais...
Os que catam restos de feira
Milicos piratas da rede
Crianças excepcionais
Os exilados, os executivos
Os clones e os originais...
É a lei!
Ninguém faz idéia
De quem vem lá!
Lenine
Lenine
Os líderes de última hora
Os que são a bola da vez
Os encanados, divertidos
Os tais que traficam bebês...
O que bebe e passa da conta
Os do cyber espaço
A capa do mês da playboy
O novo membro da academia
E o mito que se auto destrói...
Eu sei! Ninguém faz ideia
De quem vem lá!
Lenine
Os que são a bola da vez
Os encanados, divertidos
Os tais que traficam bebês...
O que bebe e passa da conta
Os do cyber espaço
A capa do mês da playboy
O novo membro da academia
E o mito que se auto destrói...
Eu sei! Ninguém faz ideia
De quem vem lá!
Lenine
Ninguém faz ideia de quem vem lá
Ciganas e neo-nazistas
O bruxo, o mago pajé
Os escritores de science fiction
Quem diz e quem nega o que é...
Os que fazem greve de fome
Bandidos, cientistas do espaço
Os prêmios nobel da paz
O Dalai Lama, o Mister Bean
Burros, Intelectuais...
Eu pensei!
Ninguém faz idéia
De quem vem lá!
Lenine
O bruxo, o mago pajé
Os escritores de science fiction
Quem diz e quem nega o que é...
Os que fazem greve de fome
Bandidos, cientistas do espaço
Os prêmios nobel da paz
O Dalai Lama, o Mister Bean
Burros, Intelectuais...
Eu pensei!
Ninguém faz idéia
De quem vem lá!
Lenine
Ningúem faz ideia
Malucos e donas de casa
Vocês aí na porta do bar
Os cães sem dono, os boiadeiros
As putas Babalorixás...
Os Gênios, os caminhoneiros
Os sem terra e sem teto
Atôres, Maestros, Djs
Os Undergrounds, os Megastars
Os Rolling Stones e o Rei...
Ninguém faz idéia
De quem vem lá!
Lenine
Vocês aí na porta do bar
Os cães sem dono, os boiadeiros
As putas Babalorixás...
Os Gênios, os caminhoneiros
Os sem terra e sem teto
Atôres, Maestros, Djs
Os Undergrounds, os Megastars
Os Rolling Stones e o Rei...
Ninguém faz idéia
De quem vem lá!
Lenine
quinta-feira, 29 de maio de 2014
Grande Sertão: Veredas - Guimarães Rosa
Diadorim e eu, nós dois. A gente dava passeios. Com assim, a gente se diferenciava dos outros- porque jagunço não é muito de conversa continuada nem amizades estreitas: a bem eles se misturavam e desmisturavam, de acaso, mas cada um é feito um por si. De nós dois juntos, ninguém nada não falava. Tinham a boa prudência. Dissesse um, caçoasse, digo, podia morrer.
Exercícios Reais
Eu não gostava de ser rei.
Os reis praticamente
não têm vida própria. Têm sempre
que ter juízo, têm sempre que
prestar atenção. E não se pode estar sempre
com atenção. Sempre a cumprimentar.
Máquina de cumprimentos. Máquina
de apertar mãos. Não pode calçar
quaisquer sapatos. Ele bem queria
os azuis. Mas não pode. Porque tem
de calçar os castanhos. Houve alguém
que inventou isto. Tomam conta
do rei. E também ele
toma conta de si. Para não
sujar a camisa. Tem logo que
vestir outra. Da reserva.
Camisas de serviço. Tem à mão
a reserva. Nem uma pedrinha
pode ter na sopa. No entanto,
uma vez encontrou uma
no puré de legumes. O cozinheiro
ficou tramado. Não o tramem. No fundo,
o rei sentiu-se feliz por encontrar
uma pedra no puré de legumes.
Não tinha ideia de encontrar
fosse o que fosse no puré de legumes.
E logo uma pedra! Até que enfim,
alguma coisa lhe aparecia na sopa.
Enfim, alguma coisa. Aconteceram
coisas. É certo que quase cuspiu
um dente. Esteve quase
para partir um dente. E
afinal não partiu. Ficou
a abanar, mas ficou lá.
Chamaram o cozinheiro.
Mostraram-lhe a pedra.
Dias a fio o pobre cozinheiro
andou mesmo desesperado.
Ainda bem que nada de mal
aconteceu. Rapidamente tudo
foi esquecido. Esqueceram.
Este caso também.
E não se falou mais nisso.
Endre Kukorelly
Os reis praticamente
não têm vida própria. Têm sempre
que ter juízo, têm sempre que
prestar atenção. E não se pode estar sempre
com atenção. Sempre a cumprimentar.
Máquina de cumprimentos. Máquina
de apertar mãos. Não pode calçar
quaisquer sapatos. Ele bem queria
os azuis. Mas não pode. Porque tem
de calçar os castanhos. Houve alguém
que inventou isto. Tomam conta
do rei. E também ele
toma conta de si. Para não
sujar a camisa. Tem logo que
vestir outra. Da reserva.
Camisas de serviço. Tem à mão
a reserva. Nem uma pedrinha
pode ter na sopa. No entanto,
uma vez encontrou uma
no puré de legumes. O cozinheiro
ficou tramado. Não o tramem. No fundo,
o rei sentiu-se feliz por encontrar
uma pedra no puré de legumes.
Não tinha ideia de encontrar
fosse o que fosse no puré de legumes.
E logo uma pedra! Até que enfim,
alguma coisa lhe aparecia na sopa.
Enfim, alguma coisa. Aconteceram
coisas. É certo que quase cuspiu
um dente. Esteve quase
para partir um dente. E
afinal não partiu. Ficou
a abanar, mas ficou lá.
Chamaram o cozinheiro.
Mostraram-lhe a pedra.
Dias a fio o pobre cozinheiro
andou mesmo desesperado.
Ainda bem que nada de mal
aconteceu. Rapidamente tudo
foi esquecido. Esqueceram.
Este caso também.
E não se falou mais nisso.
Endre Kukorelly
quarta-feira, 28 de maio de 2014
terça-feira, 27 de maio de 2014
Henrique I, O Pássaro
Henrique I, o Pássaro, era um rei muito seco.
Por exemplo, nunca bebeu. Comer, comeu, mas nunca bebeu.
Nem vinho nem cerveja. Nem aguardente.
Nem um grogue.
Não era inimigo do álcool, não bebia álcool porque não bebia nada.
Limitava-se a comer. Nem um gole de água bebeu em toda a sua vida.
Chegava mesmo a odiar a água, nem conseguia olhar para ela. Ao
meter as mãos na água, brrr. Nem pensar, porque quando o fazia logo
lhe apareciam borbulhinhas lilases. Assim, odiava exclusivamente a
água; por exemplo, já não detestava tanto a aguardente. Mas não a
bebia. Também a detestava, mas não tanto. Portanto, odiava a água.
Ficava sempre com aquelas borbulhas. Mas também não bebia leite,
nem sumo de laranja, nada.
Nem coca-cola.
Mas ainda não existia coca-cola, e mesmo que existisse não a beberia.
Não beberia. Antes cuspi-la.
Mas comia.
É verdade que não comia de tudo. Por exemplo, sopa não comia.
Comia muitas coisas, mas sopa não. Assim vivia. Era capaz de comer
imenso. Só não bebia. Comia. Era o seu maior prazer. Era um rei
esquisito. Um caso bastante estranho. Coisas que acontecem.
ENDRE KUKORELLY
Por exemplo, nunca bebeu. Comer, comeu, mas nunca bebeu.
Nem vinho nem cerveja. Nem aguardente.
Nem um grogue.
Não era inimigo do álcool, não bebia álcool porque não bebia nada.
Limitava-se a comer. Nem um gole de água bebeu em toda a sua vida.
Chegava mesmo a odiar a água, nem conseguia olhar para ela. Ao
meter as mãos na água, brrr. Nem pensar, porque quando o fazia logo
lhe apareciam borbulhinhas lilases. Assim, odiava exclusivamente a
água; por exemplo, já não detestava tanto a aguardente. Mas não a
bebia. Também a detestava, mas não tanto. Portanto, odiava a água.
Ficava sempre com aquelas borbulhas. Mas também não bebia leite,
nem sumo de laranja, nada.
Nem coca-cola.
Mas ainda não existia coca-cola, e mesmo que existisse não a beberia.
Não beberia. Antes cuspi-la.
Mas comia.
É verdade que não comia de tudo. Por exemplo, sopa não comia.
Comia muitas coisas, mas sopa não. Assim vivia. Era capaz de comer
imenso. Só não bebia. Comia. Era o seu maior prazer. Era um rei
esquisito. Um caso bastante estranho. Coisas que acontecem.
ENDRE KUKORELLY
segunda-feira, 26 de maio de 2014
domingo, 25 de maio de 2014
Agostinho da Silva
“Sou um homem modesto: não procuro, para as seguir, as
opiniões dos grandes homens: bastam-me as minhas.”
Agostinho da Silva
sábado, 24 de maio de 2014
sexta-feira, 23 de maio de 2014
quinta-feira, 22 de maio de 2014
Nada Mudou...Pouco Mudou....Na Educação... Na...
E na TV se você vir um deputado em pânico mal dissimulado
Diante de qualquer, mas qualquer mesmo, qualquer, qualquer
Plano de educação que pareça fácil
Que pareça fácil e rápido
E vá representar uma ameaça de democratização
Do ensino do primeiro grau
E se esse mesmo deputado defender a adoção da pena capital
E o venerável cardeal disser que vê tanto espírito no feto
E nenhum no marginal
E se, ao furar o sinal, o velho sinal vermelho habitual
Notar um homem mijando na esquina da rua sobre um saco
Brilhante de lixo do Leblon
E quando ouvir o silêncio sorridente de São Paulo
Diante da chacina
111 presos indefesos, mas presos são quase todos pretos
Ou quase pretos, ou quase brancos quase pretos de tão pobres
E pobres são como podres e todos sabem como se tratam os pretos
E quando você for dar uma volta no Caribe
E quando for trepar sem camisinha
E apresentar sua participação inteligente no bloqueio a Cuba
Pense no Haiti, reze pelo Haiti
O Haiti é aqui
O Haiti não é aqui
quarta-feira, 21 de maio de 2014
terça-feira, 20 de maio de 2014
Homeless Kids of Early USSR
Homeless (street) children - a social phenomenon in which there is separation of children from families with the loss of permanent home. Hallmarks of homelessness are: complete cessation of contact with family and parents; living in places that not intended for human habitation; providing for a life in ways which are not recognized in society (begging, stealing); submission informal laws. The number of homeless children increased after the World War I and the Civil War in the USSR which was after the Great October Socialist Revolution. According to one source there were 4.5 million homeless children in 1921 in Russia, according to the others - in 1922 there were 7 million.
Living in a Common House
Common houses were a model in Soviet Russia, where people or families coming to a city needed a place to live, but the local authorities couldn’t give them an apartment (yes, apartments were free in USSR and were given out to people in need) so they gave them a room in a such a house. In the photo above, you can see a plan of the floor of the house. The numbered squares are the rooms on the floor. It is just a room, no bathroom, no kitchen, just a plain space to live with usually one window and a door leading to the long hallway. The hallway itself leads to the sides of the building where usually the common kitchens and bathrooms were situated. Yes, one or two bathrooms for the thirty five or more rooms. Then, after the collapse of the Soviet Union, people as a rule started turning these rooms into their private property. So now, these are in private hands, but still they have one bathroom and one kitchen on each floor.
segunda-feira, 19 de maio de 2014
Paulo Francis
O PT diz ter um programa operário. Mas é um programa de radicais de
classe média que imaginam representar a classe operária, e não os
operários, porque estes querem mesmo é se integrar à sociedade de
consumo, ter empregos, boa vida. Não lhes passa pela cabeça coisas como
socialismo.
domingo, 18 de maio de 2014
sábado, 17 de maio de 2014
Nelson Rodrigues
"Convém não facilitar com os bons, convém não provocar os puros. Há no ser humano, e ainda nos melhores, uma série de ferocidades adormecidas. O importante é não acordá-las."
sexta-feira, 16 de maio de 2014
Assinar:
Postagens (Atom)