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quinta-feira, 24 de julho de 2014

Genocídios




 «"Holocausto", "genocídio", "limpeza étnica", "racismo" e "apartheid", as acusações a Israel são fáceis e sem custo para quem o preconceito, o ódio e a ignorância deliberada comandam a vida. E não, senhor embaixador Fernando Neves, não há nenhuma similitude entre a realidade do Holocausto nazi e a de Gaza e qualquer analogia, seja ela qual for, é abusiva e insustentável. A diferença essencial não está apenas nas imagens, nos olhares, nem sequer nos números: está na intenção dos seus autores. E essa não é apenas uma diferença, é um abismo intransponível. Será ainda necessário repetir que o plano nazi era o de eliminar um povo da face da terra, na sua totalidade, enquanto o objectivo de Israel é eliminar, não a população palestiniana, mas sim a infra-estrutura militar inimiga? E, quer queiramos quer não, apesar das trágicas perdas de vida humanas em Gaza, as consequências práticas são radicalmente diferentes: basta lembrar que o povo judeu foi amputado de 2/3 da sua população europeia. Felizmente, é o contrário que se passa com a população palestiniana.»

O que Esther Mucznik não percebe, ou finge não perceber, é que o facto de ser incomparável com o Holocausto não torna a cruel carnificina, em curso na Faixa de Gaza, mais aceitável do que essa página dantesca do Século XX. Não, o que está a acontecer naquele território não se resume a «trágicas perdas de vidas humanas» nem a meras «consequências práticas radicalmente diferentes».

Fonte:  http://ladroesdebicicletas.blogspot.pt/2014/07/genocidios.html

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